O fenômeno não demorou a apresentar-se



                               O fenômeno não demorou a apresentar-se


Descubra como o Espiritismo enfrentou críticas de materialistas, teólogos e incrédulos. Reflexões sobre fé, fenômenos espíritas e ciência espiritual.

O fenômeno não tardou em manifestar-se sob um novo aspecto, elevando-se do domínio da simples curiosidade para o campo da investigação séria e do pensamento filosófico. À medida que os acontecimentos se multiplicavam, tornava-se impossível ignorar a extensão e a profundidade do que se apresentava diante dos olhos do mundo. 

Os limites deste compêndio não nos permitem acompanhar o fenômeno em todas as suas fases, contudo, podemos destacar aquilo que há de mais característico e significativo — o que despertou o interesse das pessoas de raciocínio mais elevado e sincero desejo de compreender.

Desde o início, é importante observar que a realidade desses fatos encontrou numerosos contraditores. Uns, sem levar em consideração o desinteresse, a boa-fé e a honradez dos experimentadores, julgaram tratar-se apenas de uma ilusão engenhosamente preparada, de um truque de prestidigitação. 

Outros, que não admitem nada fora da matéria, que só acreditam no que os olhos podem ver e as mãos podem tocar, negaram de pronto tudo o que não se enquadrava no seu limitado horizonte materialista. Esses, autointitulados “espíritos fortes”, lançaram a existência dos Espíritos invisíveis no rol das fábulas e superstições antigas

Rejeitaram, com ironia e sarcasmo, as manifestações que tantos homens sérios e instruídos testemunhavam, e chamaram de loucos aqueles que ousavam tratar o assunto com respeito e interesse científico.

Houve também os que, não podendo negar a evidência dos fatos, recorreram à velha explicação teológica: atribuíram os fenômenos à ação direta do demônio. Tentaram, assim, restabelecer o medo e o terror religioso, na esperança de desviar os curiosos e de conter o avanço das ideias novas. 

Porém, os tempos já não eram os mesmos. O medo do diabo havia perdido, pouco a pouco, o seu prestígio. Tão frequentemente se falou dele, tão variadamente foi representado, que acabou tornando-se figura familiar e até motivo de curiosidade. 

Para muitos, a ideia de poder “ver com os próprios olhos” aquele que durante séculos fora símbolo de terror, despertava mais interesse do que receio.

Assim, salvo um pequeno número de almas tímidas e supersticiosas, a notícia da chegada do “verdadeiro diabo” tinha até certo atrativo para os que só o conheciam através da pintura ou do teatro. 

O resultado foi que aqueles que pretendiam, por esse meio, levantar barreiras às ideias espíritas, acabaram — sem o perceber — trabalhando pela sua propagação. Tornaram-se, involuntariamente, os seus mais ativos propagandistas, tanto mais eficazes quanto mais severos eram os seus ataques.

Os demais críticos, por sua vez, não obtiveram maior êxito. Diante da multiplicidade dos fatos e da solidez dos raciocínios que os sustentavam, nada puderam opor além de simples negações e zombarias. 

Em vez de argumentos, apresentavam apenas frases feitas, opiniões sem base, repetidas por conveniência ou costume. Lede o que publicaram — e em toda parte encontrareis a prova evidente da ignorância dos fatos e da falta de observação séria. 

Nenhum deles apresentou jamais uma demonstração lógica, clara e definitiva da impossibilidade desses fenômenos.

Toda a sua argumentação se resumia nisto: “Não creio, portanto, é falso.”
Mas o “não creio” nunca foi, nem poderá ser, prova de impossibilidade.

 O verdadeiro espírito científico não nega; observa, compara, analisa e tira conclusões. O que os fatos espíritas vieram demonstrar é que há forças e inteligências atuando além da matéria visível, e que a vida se estende muito além do breve instante que chamamos existência terrena.

Assim, enquanto uns zombavam e outros temiam, a verdade seguia o seu curso silencioso, revelando-se aos que buscavam com humildade e discernimento. 

O Espiritismo nasceu, portanto, não do erro, mas da observação perseverante e da necessidade profunda de compreender a natureza espiritual do ser humano.

 O que antes parecia apenas curiosidade converteu-se em ciência moral e filosofia de renovação, chamando o homem a olhar para o infinito e reconhecer em si mesmo a centelha divina que o liga a Deus e aos mundos invisíveis.


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