Tibetano dos mortos Recordar


                                                  Tibetano dos mortos   Recordar. 



Descubra os ensinamentos do Livro Tibetano dos Mortos.
Três estados da alma revelam a luz, as visões e o renascimento interior.

Introdução

O “Livro Tibetano dos Mortos”, ou Bardo Thödol, é um antigo texto sagrado do budismo tibetano.
Ele serve como guia para o espírito no momento da morte e durante a travessia pelos estados intermediários — chamados Bardos — entre o fim de uma vida e o início de outra.
Nessas passagens, a consciência enfrenta visões luminosas e sombrias, reflexos da própria mente, e é instruída a reconhecer sua verdadeira natureza: a luz pura da realidade.

Mais do que um texto sobre a morte, o Bardo Thödol é um manual para a vida — um convite à libertação do medo e do apego, e ao reconhecimento da consciência como essência imutável.
O que segue é uma lembrança poética desses ensinamentos.


Agora vais experimentar três Bardos.

Três estados de perda do eu.

Primeiro, aparece a clara luz da realidade.
É o instante em que tudo se dissolve: corpo, tempo e memória.
Nada mais existe senão a pureza da consciência, sem forma, sem limite.
Não te assustes com o vazio.
O que percebes como vazio é, na verdade, a tua própria essência, a face luminosa do espírito.
Se o reconheceres, serás liberto neste mesmo instante.
Se o ignorares, começarão os jogos das alucinações, as formas mutáveis de tua mente.

Em fogo e esplendor vêm as visões fantásticas:
deuses e demônios, paisagens de beleza e horror,
mundos que se abrem e desvanecem em sucessão vertiginosa.
São projeções da tua própria consciência,
como reflexos sobre a água, sem substância.
Não te apegues, não fujas.
Olha-as com serenidade e saberás que são apenas imagens de ti mesmo.

Mais adiante, encontrarás o estado de reentrada —
o retorno à forma, o desejo de voltar a ter um eu.
Oh, amigo,
pode ser que tua experiência seja a transcendência do antigo eu,
a libertação das amarras que te prendiam à carne e ao nome.
Mas lembra-te: não és o único.
A todos chega, um dia, a hora da dissolução e do renascimento.

És afortunado por ter esta experiência de renascimento que se te oferece.
Não te agarres, com debilidade, ao teu velho eu.
Mesmo que te apegues à mente, já terás perdido o poder de mantê-la.
Pela luta nada conseguirás neste mundo de alucinações.
Deixa fluir.
Não te apegues.
Não sejas débil.

Qualquer que seja o medo ou o terror que te invada,
não olvides estas palavras.
Grava o seu sentido em teu coração.
Segue adiante.
Aqui está o segredo vital do conhecimento.

Recorda, oh amigo:
Quando o corpo e a mente se separam,
experiencias uma rápida visão da verdade pura, sutil, radiante.
Vibrante, gloriosa.
Não temas.
Esta é a radiação de tua verdadeira natureza.
Reconhece-a.

Da névoa dessa luz nasce o som natural da realidade,
reverberando como mil trovões simultâneos.
Esse é o som do processo da vida e da morte.
Não te assustes.
Não te aterrorizes.
Para ti, basta saber que todas as aparições são
as formas do teu próprio pensamento.

Se não reconheceres tuas criações internas,
as luzes te deslumbrarão,
os sons te atemorizarão,
os raios te ferirão com espanto,
e as presenças ao redor te confundirão.

Recorda a chave dos ensinamentos, oh amigo:
Estes reinos não vêm de algum lugar exterior ao teu ego.
Surgem de dentro de ti e brilham sobre ti.
As revelações não vêm de fora —
existem desde a eternidade dentro das faculdades do teu próprio intelecto.

Reconhece que tudo é desta natureza.
A chave da iluminação e da serenidade
durante o período das dez mil visões é simple
s:


Descanso. Relaxamento.

Une-te ao fluxo.
Aceita com reverência as maravilhas da tua criatividade interior.
Não te apegues nem te assustes.
Nem atraído, nem repelido.
Acima de tudo, não faças nada com as visões —
elas existem apenas dentro de ti.

Silencia.
Recorda.
E desperta.


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